sábado, 1 de fevereiro de 2020

AS PEGADAS DA VIDA

AS PEGADAS DA VIDA

AS PEGADAS DA VIDA
A minha vida já se esvaindo feito a sola do meu sapato
O caminhar, às vezes desviando de pedras no caminho
Outras, vai aos tropeços, vai cambaleante rumo ao fato
A estrada nem sempre é propícia, ela encontra o espinho

Quanta jornada já percorrida, retém os passos na mente
A poeira sobre seu couro esconde seu brilho, esta opaca
O cadarço, nó cego feito , não desata, tentou inutilmente
Pessoas rastejante aos seus pés, ah! traiçoeira jararaca

As tachas se soltando, corroem as peanhas não rígidas
Fracas, esgarçada, seu fedor sai de dentro, bodum ao ar
Ao longe foi ficando sua juventude, grisalho são colígidas
O horizonte aquém, o salto consumido de tanto pisotear

Quanta saudade sente, ao observar as pegadas no chão
Como rugas estampadas na face, estradas sem destino
As valas já profundas, não esconde hoje, a triste solidão
Espelho traiçoeiro, mostra velho, o que ontem foi menino

O retroceder não existe, realidade esta a frente, o eterno
Os passos já estão contados, apoiado segue com cajado
Solado esmerado, rompeu-se furos, lá em baixo o inferno
Talvez o céu, fausto lugar à vida, é sagrado, e abençoado

Autor: Desconhecido


THE FOOTPRINTS OF LIFE

GOOD SUCCESS



THE FOOTPRINTS OF LIFE



My life is already fading like the sole of my shoe

Walking, sometimes dodging stones on the way

Others, stumble, stagger towards the fact

The road is not always favorable, it finds the thorn



How much journey has been taken, retains the steps in the mind

The dust on your leather hides its shine, this opaque

The shoelace, blind knot made, does not untie, tried uselessly

People crawling at your feet, ah! treacherous jararaca



Studs loosening, corrode non-rigid pedestals

Weak, frayed, your stench comes out, bodum in the air

Far away was his youth, graying are colligous

The horizon falls short, the leap consumed by so much trampling



How much nostalgia you feel when watching the footprints on the floor

Like wrinkles stamped on the face, roads with no destination

The deep ditches, do not hide today, the sad loneliness

Treacherous mirror, shows old man, what a boy yesterday was



The retreat does not exist, reality is ahead, the eternal

The steps are already numbered, supported follows with staff

Neat soles, holes were broken, hell down there

Perhaps heaven, a lavish place for life, is sacred, and blessed



Unknown author


2 comentários:

  1. As pegadas da vida, poesia belíssima, profunda e reflexiva.
    Beijos e feliz semana!

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