sexta-feira, 17 de abril de 2020

Abraço de Deus

TOCOSACOXEIO!


Abraço de Deus


É uma avó que conta que certo dia sua filha lhe telefonou do pronto-socorro. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo no pátio da escola e havia ferido gravemente a boca. A avó foi buscar as irmãs de Robin na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada. Quando finalmente chegaram, as irmãs menores de Robin correram para os braços da mãe.

Robin entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar. O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco.

A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada.
- Você deseja alguma coisa, querida?, perguntou.

Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu:
- Quero um abraço.

À semelhança da garotinha machucada, muitas vezes desejamos que alguém nos tome nos braços e nos aninhe, de forma protetora. Quando o coração está dilacerado pela injustiça, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostaríamos que alguém nos confortasse. Quando dispomos de amores por perto, é natural que os busquemos e peçamos: "Abrace-me. Escute-me. Dê-me um pouco de carinho". Contudo, quando somos nós que sempre devemos confortar os outros, mais frágeis que nós mesmos, ou quando vivemos sós, não temos a quem pedir tal recurso salutar.

Autor: Desconhecido


Embrace of God


She is a grandmother who says that one day her daughter called from the emergency room. Her granddaughter, Robin, just six, had fallen from a toy in the schoolyard and had severely injured her mouth. The grandmother went to pick up Robin's sisters at school and spent an agitated and very tense afternoon, taking care of the children, while waiting for her daughter to return with the injured girl. When they finally arrived, Robin's younger sisters ran into their mother's arms.



Robin entered the house quietly and went to sit in the big armchair in the living room. The doctor had sutured the girl's mouth with eight internal and six external stitches. The face was swollen, the face was changed and the strands of long hair were stuck together with dried blood.



The little girl looked fragile and helpless. The grandmother approached her with the utmost care. He knew his granddaughter, always shy and reserved.

- Do you want something, dear? He asked.



The girl's eyes looked steadily at her grandmother and she replied:

- I want a hug.



Like the injured little girl, we often wish someone would take us in their arms and nurture us, protectively. When the heart is torn by injustice, when the soul is full of bandages to hide the affective injuries, we would like someone to comfort us. When we have loves close by, it is natural that we seek them out and ask: "Hug me. Listen to me. Give me a little affection". However, when we are the ones who should always comfort others, more fragile than ourselves, or when we live alone, we have no one to ask for such a healthy resource.




Unknown author

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