terça-feira, 15 de março de 2016

Aprendendo a escrever

 
Quando Joey tinha somente cinco anos, a  professora do jardim de infância pediu aos alunos que fizessem um desenho  de alguma coisa que eles amavam.
 
Joey desenhou sua família. Depois, traçou um grande círculo com lápis vermelho ao redor das figuras. E desejando escrever uma palavra acima do círculo, saiu de sua mesinha e foi até a professora, perguntando-lhe:

– Professora, como a gente escreve...?

Ela não o deixou concluir a pergunta. Mandou-o voltar para o seu lugar e não se atrever mais a interromper a aula.
 
Joey dobrou o papel e o guardou no bolso. Quando retornou para casa, naquele dia, ele se lembrou do desenho e o tirou do bolso. Alisou-o bem sobre a mesa da cozinha, foi até sua mochila, pegou um lápis e olhou para o grande círculo vermelho.
 
Sua mãe estava preparando o jantar, indo e vindo do fogão para a pia e para a mesa. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo para ela e disse:

– Mamãe, como a gente escreve...?
 
Sua mãe imediatamente o interrompeu dizendo:

– Menino, não dá para ver que estou ocupada agora? Vá brincar lá fora. E não bata a porta!

Ele dobrou o desenho e o guardou no bolso.
 
Naquela noite, ele tirou novamente o desenho do bolso. Olhou para o grande círculo vermelho, foi até à cozinha e pegou o lápis. Ele queria terminar o desenho antes de mostrá-lo ao seu  pai. Alisou bem as dobras e colocou o desenho no chão da sala, perto da poltrona reclinável do seu pai e disse:

– Papai, como a gente escreve...?
 
– Joey, estou lendo o jornal e não quero ser interrompido. Vá brincar lá fora.

O garoto dobrou  o desenho e o guardou mais uma vez no bolso.
 
No dia seguinte, quando sua mãe separava a  roupa para lavar, encontrou no bolso da calça do filho enrolados num papel, uma pedrinha, um pedaço de barbante e duas bolinhas de gude. Todos  os tesouros que ele catara enquanto brincava fora de casa. Ela nem abriu o  papel. Atirou tudo no lixo.
 
Os anos passaram...
 
Quando Joey tinha 28 anos, sua filha de cinco anos, Annie, fez um desenho. Era o desenho de sua família. O pai riu quando ela apontou uma figura alta, de forma indefinida e disse:

– Este aqui é você, papai!

A garota  também riu. O pai olhou pra o grande círculo vermelho feito por sua filha, ao redor das figuras e lentamente começou a passar o dedo sobre o círculo. 
Annie desceu rapidamente do colo do pai e avisou: “Volto logo!”. E voltou. Com um lápis na mão. Acomodou-se outra vez nos joelhos do pai, posicionou a ponta do lápis perto do topo do grande círculo vermelho e perguntou-lhe:

– Papai, como a gente escreve amor?

Ele  abraçou a filha, tomou a sua mãozinha e a foi conduzindo, devagar, ajudando-a a formar as letras, enquanto dizia:

– Amor, querida, amor se escreve com as letras T...E...M...P...O.


Conjugue o verbo amar todo o tempo. Use o  seu tempo para amar. Crie um tempo extra para amar, não esquecendo que  para os filhos, em especial, o que importa é ter quem ouça e opine, quem participe e vibre, quem conheça e incentive.
 
Não espere seu filho ter que descobrir sozinho como se soletra amor, família, afeição.
 
Por fim, lembre: se você não tiver tempo para amar, crie. Afinal, o ser humano é um poço de  criatividade e o tempo. E o tempo é uma questão de escolha.

Autor: Desconhecido



Learning to write
 
When Joey was only five years, the kindergarten teacher asked the students to do a drawing of something that they loved.
 
Joey drew his family. Later, drew a big circle with red pencil around the figures. And desiring to write one word above the circle, left his table and went to the teacher, asking:

– Teacher, as people write ...?

She didn't let him finish the question. Sent him back to his place and dare not more interrupting class.
 
Joey folded the paper and put it in your pocket. When he returned home that day, he remembered the drawing out of the Pocket. Smoothed him right on the kitchen table, was until his backpack, grabbed a pencil and looked at the large red circle.
 
His mother was preparing dinner, coming and going from the stove to the sink and to the table. He wanted to finish the design before showing it to her and said:

-Mom, as people write ...?
 
His mother immediately interrupted him saying:

-Boy, can't you see I'm busy now? Go play outside. And don't slam the door!

He doubled the design and kept it in his pocket.
 
That night, he took the design of the Pocket. Looked at the big red circle, went into the kitchen and picked up the pencil. He wanted to finish the design before showing it to your father. Smoothed the wrinkles and put the design on the floor of the room, near the recliner from his father and said:

-Daddy, as people write ...?
 
-Joey, I'm reading the newspaper and don't want to be interrupted. Go play outside.

The boy folded his design and put it once again in my pocket.
 
The next day, when his mother separated the clothes to wash, found in the pocket of the pants of her son wrapped in paper, a pebble, a piece of string and two marbles. All the treasures he catara while playing away from home. She even opened the paper. Threw it all away.
 
The years passed.
 
When Joey had 28 years, his five-year-old daughter, Annie, drew a picture. Was the picture of his family. The father chuckled when she pointed a high figure, indefinitely and said:

-This here is you, Daddy!

The girl also laughed. The father looked at the big red circle made by his daughter, around the figures and slowly began to pass your finger over the circle.
Annie descended quickly of cervix father and warned: "be right back!". And came back. With a pencil in hand. Settled himself again at the knee of his father, has positioned the tip of the pencil near the top of the big red circle and asked him:

-Daddy, as people write love?

He hugged his daughter took his hand and was driving slowly, helping to form the letters, while saying:

-Love, love, love you spell with the letters T. .. And ... M ... P ... The.


Conjugate the verb love all the time. Use your time to love. Create extra time for love, not forgetting that for children, in particular, the important thing is having someone look and opine, who participate and vibrate, who meet and encourage.
 
Don't expect your child to have to figure out for yourself how do you spell love, family, affection.
 
Finally, remember: If you don't have time to love, create. After all, the human being is a well of creativity and time. And time is a matter of choice.

Author: Unknown

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